sábado, 3 de dezembro de 2016

Aos prantos, mulher de piloto de voo da Chape pede desculpas: 'Ele não é bandido'

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Nesta sexta-feira, 02, o corpo do piloto Miguel Quiroga, que faleceu aos 36 anos, chegou à sua terra natal, a cidade de Cobija, fronteira entre o Brasil e a Colômbia. Ele é o homem que estava à frente do avião que caiu na cidade de Medellín, na Colômbia. A queda matou 71 pessoas. A aeronave da LAMIA, empresa que Miguel era sócio, levava o time da Chapecoense para disputar a final da Copa Sulamericana, partida que seria disputada contra o Clube Nacional Atlético de Medellín. O Atlético, através de comunicado, relata que moralmente quem é a campeã da Sulamericana é a Chapecoense. Oficialmente, entretanto, a Fifa ainda não disse quem receberá o título. A resposta deve vir no dia 21 desse mês.

Em Cobija, assim como acontece no município de Chapecó, em Santa Catarina, famílias choravam pelo seu morto. A viúva de Miguel Quiroga, Daniela Pinto Quiroga, deu uma entrevista aos prantos à imprensa local. O conteúdo foi repercutido aqui no Brasil graças à uma reportagem do jornal 'Folha de São Paulo'. "Meu esposo não é um bandido. Ele queria voltar para casa com todos nós", disse ela chorando muito. A fala de Daniela é uma resposta às acusações que fazem parte das manchetes sobre a tragédia. Já se sabe que Miguel viajou com o combustível limite entre o ponto A, Bolívia, e o B, Medellín, na Colômbia.

Pela legislação internacional da aviação, essa atitude é vista como irregular, até criminosa. É previsto multa, desfiliação da empresa aérea, fazendo com que essa pare de operar, além de retirada da licença de piloto. Acredita-se que Quiroga sabia das possíveis punições. Por isso, ele teria demorado muito a informar à torre que estava com pouca gasolina.

Um áudio de onze minutos foi divulgado ainda na quarta-feira, 30, e evidencia o pânico de Quiroga durante o voo. Ele apenas nos últimos minutos pede prioridade para pouso. Naquele instante, uma outra aeronave estava em situação de emergência e pousando em Medellín. Em Chapecó, o que era chamado de acidente, agora já ganha as vias de assassinato. #Chapecoense



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